CORPO/CAIXA
Saudade de ser moderno, parece uma contrariedade. Revisitar os hieróglifos geométricos de Kandinsky, do Bauhaus e dos seus primos cubistas. Os primeiros e ainda vanguardas dos nossos tempos.
Quem hoje iria recuperar a casa E-1027 de Eileen Gray? Quem imaginamos sentar-se na sua sala mítica? Quem irá quebrar de novo as regras mais tradicionais? Alguém urbano de visão periférica cujo universo abraça e articula vários mundos satélite em tempos diferentes.
Ela… Sim, ela veste pixeis têxteis. Ela é longa e reta.
Ela iria escolher marrocans de seda e lã. Fazendas de caxemira. Misturaria mostarda com conhaques, azuis com preto como Mondrian... E o branco?… O branco seria uma janela onde o futuro era misto de aventura e déjàvu. Parece ser aqui que esta mulher passeia e movimenta-se. As suas meias tratariam as pernas esguias. Sim, de certeza que as meias têm nano partículas de ouro com as moléculas de ácido hialurónico. São anti-oxidantes, hidratantes que a nutrem e a aquecem enquanto ela anda por sítios, onde só ela anda... De certeza que caminha nuns sapatos firmes. Estes sapatos são a base do seu corpo, da sua estrutura... do seu equilíbrio...